«Creio que esse dado terá de fazer pensar os criadores de mensagens e os responsáveis pelas políticas de prevenção e de saúde dos adolescentes e jovens», alertou Aliete Cunha-Oliveira, lembrando que a esta realidade «pode não ser alheio o modelo da oferta de serviços de saúde» centrado na prevenção da gravidez ou no rastreio de infecções e cancros da mulher jovem. Para o não uso do preservativo, 13% dos jovens apontaram a questão do preço. Outro resultado indica que 41% dos jovens manifestou «embaraço» em adquirir o preservativo dentro da faculdade.
No inquérito a 696 estudantes das oito faculdades da Universidade de Coimbra, a investigadora concluiu que mais de metade (52,6%) diz usar sempre o preservativo, mas estes continuam a ser «dados preocupantes e que não têm nada de especialmente encorajador».
«Na melhor das hipóteses, 40% dos jovens universitários não usam o preservativo ou não o usam de forma consistente. São muitos jovens que se põem em risco e põem em risco os outros», resumiu a investigadora à Lusa.
Por isso, Aliete Cunha-Oliveira defende que «o modelo de luta e de campanha contra à infecção e doença atingiu, ou está próximo de atingir, o seu limite de intervenção», o que mostra a necessidade de rever a base que tem servido de «guião à luta contra a Sida em Portugal».
«Tem-se apostado demasiado no uso do preservativo, exclusivamente. E isso é manifestamente insuficiente», considerou a investigadora, atribuindo «algum significado optimista» à taxa de 30% de realização de testes ao VIH, por ser a única forma de as pessoas confiarem umas nas outras.
Quanto a comportamentos sexuais segundo o género, os rapazes referem ter mais parceiros sexuais, mais relações ocasionais e sob o efeito de álcool ou de outras drogas, mas usam mais vezes o preservativo. As raparigas, por seu lado, são predominantemente monógamas e assim tendem a não usar preservativo porque confiam na relação e no parceiro.
Em questão de informação, mais de 50% registou resultados elevados no teste de conhecimentos, superior a 17 valores, numa escala de 0 a 20.
Mas os altos níveis «são um tanto enganosos» quando relacionados com os comportamentos. No inquérito «algumas respostas revelam ignorância enquanto outras indiciam comportamentos de risco»: mais de 30% garante que quem consome álcool e outras drogas não tem mais tendência a praticar sexo sem protecção, mais de 26% acredita que o vírus VIH não aparece no sémen e 18% nega que haja perigo de infecção na prática desprotegida de sexo oral.
No inquérito a 696 estudantes das oito faculdades da Universidade de Coimbra, a investigadora concluiu que mais de metade (52,6%) diz usar sempre o preservativo, mas estes continuam a ser «dados preocupantes e que não têm nada de especialmente encorajador».
«Na melhor das hipóteses, 40% dos jovens universitários não usam o preservativo ou não o usam de forma consistente. São muitos jovens que se põem em risco e põem em risco os outros», resumiu a investigadora à Lusa.
Por isso, Aliete Cunha-Oliveira defende que «o modelo de luta e de campanha contra à infecção e doença atingiu, ou está próximo de atingir, o seu limite de intervenção», o que mostra a necessidade de rever a base que tem servido de «guião à luta contra a Sida em Portugal».
«Tem-se apostado demasiado no uso do preservativo, exclusivamente. E isso é manifestamente insuficiente», considerou a investigadora, atribuindo «algum significado optimista» à taxa de 30% de realização de testes ao VIH, por ser a única forma de as pessoas confiarem umas nas outras.
Quanto a comportamentos sexuais segundo o género, os rapazes referem ter mais parceiros sexuais, mais relações ocasionais e sob o efeito de álcool ou de outras drogas, mas usam mais vezes o preservativo. As raparigas, por seu lado, são predominantemente monógamas e assim tendem a não usar preservativo porque confiam na relação e no parceiro.
Em questão de informação, mais de 50% registou resultados elevados no teste de conhecimentos, superior a 17 valores, numa escala de 0 a 20.
Mas os altos níveis «são um tanto enganosos» quando relacionados com os comportamentos. No inquérito «algumas respostas revelam ignorância enquanto outras indiciam comportamentos de risco»: mais de 30% garante que quem consome álcool e outras drogas não tem mais tendência a praticar sexo sem protecção, mais de 26% acredita que o vírus VIH não aparece no sémen e 18% nega que haja perigo de infecção na prática desprotegida de sexo oral.
Opinião: fiquei muito surpreendida com esta noticia. nunca pensei que houvesse tanta falta de informação e que alguns universitários fossem tão incultos. existem novos mitos sobre sida entre os universitários...
e alguns dos universitários não utilizam o preservativo porque têm vergonha ou não têm dinheiro, mas isso não é desculpa porque o preservativo é distribuido gratuitamente em alguns locais.
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